segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Dias Assim

Ando estranho ultimamente
vagando pelos quintais a procurar
O amor mais doce que se possa ter
O amor mais sincero que se possa ser

Dias assim olho para o céu e vejo
Estrelas de diamantes e uma lua a aplainar
Dias assim recomeço a procurar
As esmeradas dos teus olhos 

Ando estranho ultimamente
vagando pelos sonhos e desejos do passado
O amor que de doce que foi
Amargo se faz.

Dias assim eu olho pra caixas floridas
Sentimentos guardados
Canto ao compasso do meu coração
A melodias  da noite, da lua, do seu olhar

Dias assim eu queria te acordar
E quem sabe olhando pra o céu em diamantes recordar
Do beijo molhado
Da o abraço apertado
De um toque na alma.

Dias assim as lágrimas são cristais
Dias assim ando estranho pelos seus quintais
Dias assim há vendavais
Dias assim ando meio estranho

Uma noite é pouca pra sonhar tantos sonhos

Dias assim eu ando vagando
Procurando você.

ama-me

Ama-me
Com amor,
Com perdão,
Com coragem
Com respeito.
Com intenção,
Com desejo.

Ama-me
Com uma risada gostosa
Com jeito particular para que eu me sinta único,
especial,
seu.

Ama-me
Quando não tiver motivos para me amar.
Quando eu não puder recompensar
Tudo que você me deu.

Ama-me
E me faça sentir só seu
Nos dias em que  não for meu
O meu coração.

Ama-me,
pois assim tenho te amado


Ama-me
Pois ninguém te ama com eu.


segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Contos de um dia Calmo - Parte 4- Ana

    Os pássaros já cantavam sobre as árvores próxima a janela do meu quarto, no segundo andar do prédio onde me hospedo. O sabiá com seu canto estrondoso e lindo catava fortemente anunciando o dia. Havia bem-te-vis, canário, pardais e um monte  de outros pássaros fazendo seu café da manhã na maior algazarra. 
Abri os olhos e olhei da cama a janela. O sol estava nascendo com o seu amarelo âmbar de dar gosto. Aquele seria mais um dia  de sol. Domingo de sol em dias calmos na cidade. O único movimento que se pode notar é o da missa. Fieis caminham em direção a matriz no final da rua onde moro e rezam a manhã inteira. Todos os domingos é a mesma coisa, a mesma calmaria de sempre. Pássaros, pessoas e missa.
Levantei e fui em direção à janela para observar as pessoas na rua. Olhei meio sonolento ainda, mulheres subiam a rua com suas saias grandes e seus chales pretos que cobriam a cabeça, acho que para dar importância à cerimônia ou quem sabe para esconder-se dos olhares. O dia estava calmo. Domingo calmo para todas as pessoas e calmaria no mundo. 
Meus olhos ainda pesados da noite mal dormida, depararam com ela subindo a rua em companhia de outras mulheres. 

                               Coração bate mais rápido 
                               As pupilas dilatam e os olhos mais abertos ficam,          
                               Falta  ar
                               O suor aparece.
                               Adrenalina, descarregada no corpo e na alma dos que amam.

Vesti-me o mais rápido possível, desci as escadas atropelando os degraus e cheguei a rua, mas ela já havia sumido. Talvez entrara  na igreja, pensei. Caminhei entrei e varri o ambiente com os olhos para encontrá-la

                              O amor procura o amor 
                              Percorre, na calada da noite, corações sozinhos e disponíveis
                              Marcam-se encontros ás escondidas
                             Entrelaçam olhares, vontades e corpos...


Ela estava sentada num canto da igreja, perto da janela, entre os pilares enormes e redondos  que iam do chão ao teto. Eram revestidos de mármore rosa lindíssimo. Caminhei, dando a volta por traz dos fieis que fixavam seus olhares no altar onde o padre falava algo. Caminhei e  estava do lado dela. Sentei-me ao com um pedido de licença engasgado para sair.

Olha que dia calmo meu amor
Quando te vi, eu estava certo 
Segurei-me para não perder o jeito 
Jeito de quem está sem jeito.

A missa já havia terminado, quando percebi que ela estava em pé do meu lado. Levantei-me para permitir ela passar, mas quando dei por mim estava olhando-a fitadamente nos olhos. 
- Desculpe, disse meio sem jeito. 
- Está tudo bem - ela respondeu caminhando para sair do meio do banco da igreja. 
- Permita-me, qual o seu nome - perguntei com ar de ser reprovado pelo atrevimento. Naqueles tempos calmos, outros tempos, um flerte era mais valorizado que os tempos tempestuosos de hoje. Ela respondeu-me - Ana.
- Permita-me que  a acompanhe - arrisquei dizer
- Sim , claro - foi a resposta branda e delicada.

O que fazer quando se é invadido pela vontade 
Vontade de saber dos lábios de outra pessoa
Vontade de tocar na mão de outra pessoa
Vontade da vontade que não passa, pela outra pessoa.

Caminhamos pela igreja até a saída e ela sempre ali linda e cheirosa. Aquele cheiro morava dentro de mim, das lembranças do dia Calmo que a vi.
Descemos a rua e  ela me indagou.

-  O senhor não disse seu nome?
- Ah sim, perdoe-me - respondi meio sem perceber - meu nome é Antônio 
- O senhor não é daqui - ela continuou 
- Não, eu estou na cidade apenas alguns dias, vim para fazer um trabalho. Sou escritor.
- O senhor é escritor? ela perguntou com um ar de surpresa e meio assustada.
- Sim eu sou, mas ainda não publiquei nenhum livro, então me mantenho dando aulas.
- E sobre o que escreve? 
 Existe perguntas que simplesmente aterroriza o ser humano, perguntas que você não está preparado para responder. 
- Eu , bom... eu escrevo sobre a vida, o amor, as pessoas - Esta foi a responta mais imbecil que pude dar. 
Na verdade eu não tinha nada em mente para escrever, e lembro-me, de forma ainda viva em meus pensamentos, que nem sabia se eu era realmente um escritor. 
Descemos a rua e no final da rua, de frente a uma casa enorme, com um jardim cheio de margaridas plantadas, todas juntinhas ela parou e abriu o portão de grades brancas.
- Obrigado senhor Antônio pela companhia.
- Não há de quê,  preciso conhecer pessoa e lugares na cidade e você foi a primeira. 
- Que bom que foi a primeira. - ela respondeu fechando o portão e entrando na casa.

O amor podia ser simples como é simples sofrer de amor
Para sofrer não precisa de força, nem de incentivo. Sofremos.
O amor é complicado, quando se está amando 
Tira a razão e coloca a emoção. 
A cabeça ama e o coração padece. 
A cabeça que pensava, agora, inebriada, tende a amar. 
E o coração que deveria amar, agora sofre.


Um dia Calmo eu conheci Ana. 
Um dia Calmo eu conheci a mulher que fez meu coração acelerar. 
Por onde anda Ana  nestes anos calmos que hoje  hoje vivo.






terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Contos de um dia Calmo - Parte 3 - Ainda na cama, calma penso em você

Exitem amores simples que plantamos em jardins  e esperamos suas flores.
Existem amores  calmo, delicado, de um perfume que guardamos para lembrar em manhãs de sábado na cama.
Existe amores que amamos amar
Seja qual for o amor que se tem, importante mesmo é saber amar.
Amor sem vício, sem impaciência, sem arrogância. Que seja total, sem reservas e sem medo.
Amor que precisamos é amor que saiba nos amar.
Amor sem pressa, sem reservas, sem dias contados nos calendários da parede. Simples todos os dias do ano.
Existe aquele amor que nos molda e nos muda. Nos faz calar, suspirar.
Fechar os olhos e ficar ali parado pensando na primeira palavra que se deva falar. Paixão.

Aquele dia calmo, amanheceu solitário demais. Precisava dela. Daquele cheiro, daquele sorriso.
A minha cama tornara-se grande demais.
Meu quarto, frio com sol.
Existe amores  que os olhos veem, os lábios desejam. E toda esta percepção de amor, invade minha alma neste dia calmo e frio de sol.

O som, a rua, o sol tudo estava sem direção.
Existe amores que nos rouba o coração...
Seus olhos, eu amo seus olhos.
Seu cheiro, preciso do seu cheiro. Abraços que não dei.

Hoje amanheço mais triste e talvez a culpa seja dela.
Meus pensamentos vagam pelas lembranças, pelas ruas de pedrinhas iluminadas, pelos cantos do hotel.
Ela . Eu não sei onde está.
Eu sonho em preto e branco.
Num dia Calmo da minha vida.

Preciso levantar da cama.

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Contos de um dia Calmo - Parte 2

Já aproximava-se das dezessete horas quando peguei meu chapéu, vesti meu paletó que estava pendurando na cadeira atrás de mim. Fechei a porta da sala e desci as escadas. A rua estava agitada naquela tarde de sexta-feira. O sol ainda se mantinha firme no céu. A rua ainda tinha aquele ar  bucólico de uma cidadezinha interiorana.  Dia calmo.
Sentei na mesma mesa que sentara naquela manhã. Dia de uma tarde calma...
Tirei o chapéu e o paletó  coloquei sobre a outra cadeira para que o vento não o levasse e fiquei ali pensando na calmaria de um dia calmo.
Há cheiros que registram momentos inesquecíveis. Cheiro atinge  o cérebro a buscar, em suas caixas, simbolismos e equivalências.  Gosto do cheiro de mato queimando. Gosto do cheiro da terra molhada, lembro-me da minha infância.
O dia calmo, de uma tarde calma de sexta-feira...
Um cheiro invadiu minhas narinas e despertou em meu cérebro símbolos e equivalências. Era ela. Como era bom aquele cheiro que vinha por de traz de mim. Olhei e lá estava ela caminhado pela calçada a favor do vento em minha direção. Obrigado amigo vento.
Ouvia agora o toque do seu salto no chão. Aquele toque-toque mantinha o rítmo com as batidas do meu coração. Lembro-me quando jovem de ter conhecido uma moça da escola e todas as vezes que a via o meu coração disparava e uma secura brotava na minha boca. Apaixonei por ela durante anos da minha vida calma. Ela se foi, casada com o gerente da estação ferroviária da cidade.  Assim eu me sentia agora com a boca seca e o coração acelerado. O dia ficou agitado dentro de mim novamente
Talvez eu deveria olhar nos olhos dela e perguntar ao menos seu nome. Não, pensei, isto poderia soar como um alcoviteiro que querem apenas galantear moças sozinhas. Talvez eu fingisse levantar e tentar acompanha-la por alguns passos. Eu não precisaria falar nada, ou apenas dizer boa tarde. Decidi. Vou levantar e acompanha-la, certamente não parecerei deselegante se comprimentá-la.
O sol estava de um vermelho lindo e ela vinha andando sendo sombreada pela luz que batia em suas costas. Aquela sombra, aquelas curvas do corpo são indiscutivelmente uma visão maravilhosa. A cada passo que dava, seu rosto saia da penumbra da sombra e se revelava majestoso. A tarde daquele dia calmo, tornou-se agitado. Dia Agitado..
Quando faltou alguns passos  eu me encorajei e levantei. Digo, meu amigo, levantei-me com as pernas ainda tremulas e a respiração ofegante, parecendo que havia saído de uma partida de futebol. Suava. Ela se aproximou mais e quando estava perto de mim, dei o primeiro passo. O passo mais desajeitado que um homem pode dar. Agora ela estava logo atrás de mim, um ou dois passos, não arrisquei olhar para traz. Andei cerca de um dez passos e fui diminuindo a distância e a velocidade dos passos quando me virei escutei uma voz lá de traz me chamar
- Senhor, senhor, gritava o garoto, seu chapel e seu paletó.
Ela olhou-me depois de olhar para traz também e sorriu. Eu olhei para ela como se quisesse continuar a acompanha-la pela rua inteira, pela cidade inteira até ela dormir nos meus braços, mas percebi a insistência do chamado do garoto. Quis fingir que não era meu, mas ele insistia. Quem e sã consciência perderia aquela companhia por um chapéu e um paletó esquecido na mesa de um café.
Ela estava sorrindo e disse: Acho que é com o senhor. Eu manejei a cabeça afirmando que sim e passei por ela na contra mão da vida, com vontade de não ir.
Final de um dia calmo...
Ela passou novamente por mim em uma tarde calma e se foi.
Peguei o chapéu e o paletó e fui-me para casa.

A quem pertence o sentimento de amor
Usa-me com tanta intensidade
maltrata-me com tamanha avidez
me faz sorrir
Me faz chorar
Engana-me e me prendes
Amor que vem com o vento

Amanhã será um dia calmo como todos o sábados nesta cidade. Tomara que não seja calmo pra mim.

Continua...



terça-feira, 24 de novembro de 2015

Contos de um dia Calmo.

Calmo, assim eu diria meu amigo. Dia calmo...
O sol, de um amarelo âmbar estava inacreditavelmente esplêndido. Dia calmo...
Aquela rua, de pedras quadradas e casas antigas, parecia uma pintura. Dia calmo...
Estava sentado naquela mesa olhando as crianças na rua. Elas brincavam  inocentes em um dia calmo...
Lembro-me do dia calmo até ela aparecer...
Com seu vestido florido, com sua pele dourada. Naquele dia calmo.
Meu olhar atravessou aquele rua pintada pelo sol e repousou sobre o seu rosto. Cabelos soltos, passos largos, vestido florido iluminado pelos raios do sol. O dia deixou de ser calmo dentro de mim. 
Coração acelerado, boca seca, pernas trêmulas. Parecia um daqueles ataques de ansiedade e contemplação. O dia deixou de ser calmo, pois um turbilhão de sentimentos e vontades atravessaram o  meu corpo, como os raios do sol atravessava as nuvens finas e esparsas e atingiam a rua pintada.
Ela veio em minha direção atravessando a rua perpendicularmente, seus passos firmes, mostrava sua certeza. Seu corpo delgado,  movia-se de um lado para o outro como num ballet  mágico, que somente as mais elegantes mulheres podem ter. Atravessou, subiu na calçada e mais um ou dois passos estaria diante de mim. O tempo parou. O que era calmo tornou-se agitado dentro de mim.  Como um daqueles vendavais que mexem e retorcem as árvores nos meses de verão, onde a tempestade tropical agita as matas e lança folhas ao ar, assim estava eu. Levantei-me .
 Entendo que há coisas mais significativas na vida de uma pessoa do que um simples observar, mas aquela não era uma observação dos olhos, era um contemplar do coração. Sem razão e sem precedentes, assim é o amor. O mais nobre sentimento é o mais cruel para o homem que se arrisca a deixar seu olhar repousar sobre uma mulher linda.
Estava de pé, ela aproximou-se e olhou pra mim. Nunca vi olhos tão  lindos. Olhar intenso, Olhar que varre a alma e desvenda todos os segredos que guardamos a anos, engavetados em pequenos baús feito de passado.  O olhar dela  penetrou-me de tal forma que me senti paralisado. Foi um instante de segundo, mas intensamente válido pela vida toda. Apaixonei no dia Calmo.
Ela veio e o vento que estava a favor, trouxe o seu cheiro mais íntimo. O vento batia naquele corpo e arrancava partículas de perfume. 
   Oh vento amigo! Que força bruta dos teus braços 
tragam pra dentro de mim o cheiro deste amor. 
Vento que bate e cada parte do seu corpo
Traz  seus fragmentos 
Diga-me, oh vento , o sabor daquele corpo. 

Ela veio e parou diante de mim. Olhei seus olhos. Notei sua boca. Senti o seu cheiro naquele dia Calmo.
Deixei-a passar pelo canto da calçada. Retirei o chapéu em respeito e manejei a cabeça. Não sei se por vergonha ou por falta de prática. Talvez seja a pura timidez que me fez olhar para o chão. Pensei: Meu Deus como ela é linda.
Ela passou e foi andando rua a frente.  Seu nome ainda não sei dizer. Mas o dia tornou-se calmo quando se foi. 
Ela foi como aquele vento forte que faz tanto barulho e tantas janelas batem anunciando sua passagem. Passa e se vai, deixando seu cheiro e sua marca. 
É, eu diria que o dia estava calmo, agora digo que ele está perfeito... Espero que ela volte amanhã.


continua.

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Trilhos

As mesmas coisas deixamos para trás
E os nossos corações as mesmas emoções
Perdemos o sol e a lua, como o eram lindos olhado da sua cama
Mas deixamos para trás


E se  arrependermos de termos ido, veremos o sol?

As mesmas lembranças nos invade agora
E a chuva fina que cai se transformam em lágrimas de quem partiu.
O trem  se foi e nós ficamos na estação, separados pelos trilhos
Trilhos que nos leva a caminhas diferentes

Eu preciso de você

E se  arrependermos de termos ido, veremos o a lua?

Distâncias e a viagem não chega
Diga-me quanto tempo vai ficar por ai?

As mesmas pegadas e os mesmo abraços
e o sonhos se tornaram pó
Mas o amor, meu amor
Renasce da cinzas e torna-se condor

 E a vida.... A vida prossegue em trilhos

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Sinto sua falta

Sinto sua falta
Sinto a falta do seu sorriso, amo seu sorriso
Sinto a falta do seu olhar, me seduz
Sinto falta da sua risada, me acalma
Sinto falto do seu corpo, meu desejo.

E porque não deveria sentir falta, me aumenta a falta que você me faz
E porque não está por perto, a distancia me faz te buscar nos pensamentos
E por tudo isto me lembro cada vez mais de você

Se some de mim, me perco
Se oculta tua face,  entristeço
Se, te proteges escondendo de mim, me matas
Aos poucos, loucos, desvairados... pensamentos, desejos, loucos....

Sinto sua falta
Sinto sua falta
Sinto muito sua falta....

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Um sonho Bom

Então acompanhei seus olhos com os meus olhos num momento sólido de verão.
O sol brilhava em seus olhos. Os raios atravessavam meu corpo e sentia um calor na alma.
Talvez o amor comece com um fitar de olhos
ou quem sabe apenas num gesto simples no café da manhã.
O bem do amor que me trazes em dias assim.
Como entender?

 O suspiro sozinho,
O amor com carinho,
beijos e bejinhos

A pele sem pele.


Amor  algema corações um no outro.
Elo  formado por respeito, vontade , desejo, admiração e tantas outras coisas mais...
Em cada detalhe seu estou eu: Os lábios, as flores da parede, num quadro qualquer.
Amor,   " que-bem-querer-te", Amar na doçura da tarde do sol que brilha
Raios  brilhantes do seus olhos em mim.
Amor, que-bem-me-faz , de preenche o ar com teu cheiro e deixá-lo em mim morar
Inebriado o pensamento ainda da cama, da voz, do gosto.

E são meus os seus detalhes
As pintas no corpo, 
As unhas vermelhas
Os pelos dourados
O cheiro.
O cabelo que voa 
O som que soa  de dentro do seu coração.
 

Ninguém te amará como eu
Ninguém  te perceberá   como eu
E nos meus sonhos   ainda guardo  você

Um sonho bom
Um desejo bom
Uma saudade doida
Uma vontade destemida
De tocar-te de novo.
 
                                                  (Um sonho bom)

Os raio do sol ficou  aprisionado em mim.
O gosto do teu beijo contaminou meus lábios
E não posso mais parar.
 
"Teu cheiro, teu gosto, tudo que não me deixa em paz".


Alexandro Cândido
 




 

 

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Corpo na cama

Beijei muitas bocas. Nenhuma com o gosto da sua.
Abracei tantos corpos. Nenhum com o calor do seu.
Senti tantos cheiros, mas nenhum se compara com o seu.

Seu sutiã preto 
Suas mãos trêmulas
Seus Seios, gotas  que tanto  beijei.
Seus pelos, arrastando pelo meu corpo. Pelos em Pelos.
Nu.


segunda-feira, 4 de maio de 2015

Por onde Andam as Margaridas

Por onde andam as margaridas, com suas pétalas branquinhas e seu  corpo verde?
Por onde anda o Copo de Leite em quadro no quarto?
Por onde andam as miniaturas do armário?
Por onde anda os sussurros, os olhares e as bocas molhadas?

Plantei margaridas em vasos rasos, quase não se dá para apanhar.
Adubei com minhas lembranças e meus desejos para ver se cresciam.
Molhei com rimas e versos e elas não cresceram.

Por onde anda Mariazinha, Dedo de Moça que me faz sonhar?
A cama está arrumada demais, sem cheiro demais, sem som demais.
Acumulou os pelos, apelos e sensações
As rosas não falam, mas destilam emoções.

Plantei margaridas no meu jardim...

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Esperando a Primavera

As pétalas caíram formando tapete branco sobe o solo escuro.
As gotas do orvalho cintilavam graça e frescor como gotas de suor de quem trabalhou a noite toda

Pétalas brancas na varanda
Pétalas brancas no jardim.
Margaridas desfolhadas, sol, aroma e jasmim

Que a chuva já chegou
Aguenta mais um pouco no seu frescor
E depois de um tão pouco
O amor desabrochou.

Suas pétalas sem a seiva
Que alimenta corações
Quem colheu as finas flores
De amor deliciou.

 Esperando  a primavera
Fico a olhar que já passou
Vou recordando dos amores
Igual as pétalas que murchou.

segunda-feira, 2 de março de 2015

Plantei margaridas em meu jardim
Margaridas são espécie em extinção
Margaridas que sorriem pra mim nas manhãs claras
Claras manhãs de verão.

Vou cuidar das pequenas margaridas
Que desabrocham suas pétalas delicadas.
No seu centro encontro mais fino ouro.

Existem muitas margaridas por ai
Mas suas pétalas são grosseiras.
Seus centro no é ouro.

Amo margaridas no jardim.
Hoje plantei mais
Vou esperar que o Por do Sol
Amanhecer no meu jardim.
Jardim de margaridas lindas.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Correnteza

Para onde corre os rios, assim vou eu.
Cada curva uma novidade
Cada encontro uma surpresa.
Correntezas me leva em águas caudalosas de inverno.
Pessoas nas margens vão ficando para trás
Com seus rostos pálidos e olhares umedecidos,
Seus gestos são estáticos como fotografia em preto e branco.

As flores não nasceram
"Secou-se a erva, caiu-se a flor".
E o rio continua seu caminho
Contornando imprevistos que decepcionam a vida.
Tudo ficou preto e branco.
Mas além da curva do rio há cores para serem vividas

Amanhã amanheço noutro lugar, noutras margens e em outras surpresas
Basta navegar e acompanhar o rio até que um dia se misture ao mar.
Até que se diga é tempo de parar  e a viagem chega ao  final.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

"O Tempo"
Sempre cruel carregando os minutos sem parar... o tempo q traz sabedoria e experiência em seus fios brancos..

Esse tempo tb mede o sentimento a saudade...saudade de um tempo q não parou mas marca em sorriso to vez q me lembro...

Lembro de entre quatro paredes o tempo não o dono e sim ele é parceiro...parceiro de beijos abraços afagos...parceiro de conversas...

Esse tempo parceiro me faz entender q por menor que seja esse tempo...dentro dessas quatro paredes ele é eterno...

E ė esse tempo q rege o relógio que marca as batidas do meu coração...e que sempre experarei por mais TEMPO..

"Um querer q nao passa"
Hoje acordei pensando...pq o toque de seus labios, as pontas de seus dedos, o cheiro da sua pele me levam a desvaneio eterno...

Quero sentir seu corpo envolto ao meu, sua gargalhada q ecoa pelo quarto e se mistura ao vento q entra pela janela tocando nossos corpos...

Corpos q exaustos... adormecem em silêncio...enquanto pensamentos e sensações se criam entre os lençóis..

Querer vc é uma sensacao igual ao sol q toca a pele e a esquenta numa tarde de primavera...Querer vc é uma sensacao q nao passa...Querer ter vc é uma vontade irrestivel, como seu sorriso, o seu beijo e seu abraco q envolve e me acalma a alma...Querer ter vc ė um querer eterno...

Alguém como você faz tudo valer a pena

Alguém como você faz tudo valer a pena
Alguém como você me tira  do centro
Alguém como você faz o tempo parar
Alguém, exatamente alguém como você que eu esperava
Nas tarde sozinho
No escuro da sala a tomando meu chá.
Nos textos solitários

Alguém como você faz a vida ter sentido

A distância ser vencida e no frio me aquecer
Alguém como você, querida
Oh, alguém que me abrace como você
 Bambeia minhas pernas e meu coração desmonta da solidão.
Vale a pena.

Alguém como você faz tudo valer a pena.

Vale a pena te olhar entre copos de leite pendurados na parede do seu quarto
Pequenas peças em miniaturas ( amor não é )
Vale a pena te ver com  Olhar de "corredor", brava . Olhos lindos tem.
Vale apena te ver tomar café, suas manias ( sem bordas de pão), seu trocar de talher e de mãos.
Do copo de vinho
Ao amor no colchão
Do jantar, único que se tem.
Do olhar, único que se faz e se tem
Da saudade que me faz suspirar

Alguém como você
Faz meu mundo se acalmar
Alguém, exatamente alguém como você
Faz tudo valer a pena.






Continua..?
PS.: tantas coisas ainda diria , mas as palavras comprometem alma, levantam saudades que não devem ser regadas.    


PEQUENOS VERSOS PARA VOCÊ

És minha, amada minha
Ternura que tenho e  não tenho-te querida
Sobra-me tua face. Lembranças vivas

Sobre teus olhos já citei,
Perfeito perdido me encontrei
Quando morando ao lado peguei
Seu coração sorrindo também.

És minha e de mais ninguém
Guardada em versos desritimados
Pelos compassos descompassados
De um coração que te quer bem

São teus meus versos
Escritos em dias nublados
Pequenos, impregnados , intensos,
Versos molhados


Pequenos versos para você...


Você pode amar alguém

Você pode amar alguém

Ame intensa e perdidamente, pois amar não faz mal algum.
Ame sem se importar com as diferenças, simplesmente ame.
Você pode amar alguém.
Ame sem condições.
Não ame se... alguém te ama
Não ame porque...alguém te ama
Apenas ame.
Você pode ser feliz amando decididamente e perdidamente.
Você pode amar  alguém

O amor lança fora o medo
Amar é ter coragem de abrir o coração, morada da alma, para alguém
Amar é sentir saudade doida,
Amar é sentir felicidade que não se entende
Sorri e chorar de alegria
Amar alguém que te traga flores ou não, pois isto não importa se você ama alguém
Como eu, como você.