terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

EU FECHO OS MEUS OLHOS E COMEÇO Á LEMBRAR

É exatamente quando estamos sozinhos e distantes de tudo, longe de casa que nos apegamos a um foto, uma música ou simplesmente uma lembrança que se não amenize a saudade, pelo menos nos poupe de sofrer.
Sabe aquela sua foto, ainda me lembro dos detalhes e a guardo na memória  com zelo tal que me esqueço de te esquecer. 
As mais profundas das nossas saudades, sempre mostram que ainda há dentro da gente mais que a distância ou a falta. Ela nos mostra  que ainda é viva a vontade mais intensa das vontades, aquelas que a gente acorda a noite, que me faz escutar Someone Like You nas noites perdidas  sem luar. Não adianta, está confirmado: a saudade e a distância são parceiras no ato da solidão de quem ama.
Não sei tocar mais seu coração.
Não sei mais produzir em você aquele love story e isto é fim.
Ainda estou sentado na mesma varanda te esperando nestas noites de verão. Quero arriscar, mas tenho medo.

Ainda estou sentido o que sentia no tempo em que corríamos noite  a fora  rumo ao nossos corações.

Estar longe e apegar as lembranças  com você sorrindo pra mim, ainda corroi a alma com saudade.
Quem sabe um dia eu serei salvo desta armadilha da saudade.
Quem sabe nossos medos sejam apenas monstros que assustam crianças. Crescemos hoje.
Quem sabe?
Certo da solidão, parceira  de quem ama, vivo apenas, nada  mais.
Pego seu retrato e confirmo  a saudade e a vontade que não tem mais fim
Eu fecho os meus olhos e começo à lembrar.
Do maior dos meus amores.
Da maior das minhas dores.
Das palavras que escutei você falar.
Do eu te amo tanto.
Que sou o cara da sua vida.
Apenas fecho meus olhos.
Eu fecho os meus olhos e te encontro aqui.
Sem reservas, sem mágoas, sem o Eu , somente o Nós.
Eu fecho os meus olhos para lembrar de você.