sexta-feira, 19 de junho de 2009

Últimos versos da meia noite

Lua a pico, estrela cadente.
Uma noite, meia noite
onde está você?
Onde está os beijos molhados.
Quem me dera te-los na noites,
meia noite em teus braços.
Os verso são pouco e são frios e são raros.
Cada um no seu lado. Cama vazia.
Cada frase, cada dito, um mito, um sonho.
Nada feito, nada pronto, meio amor, meia noite, meio verso.
Última noite, último verso sem rima, sem métrica, sem amor.
Cada parte, uma parte, as linha que separam esta dor.
Não há verso que semeie na mais profunda das pausas.
Um verso, último verso da metade de uma meia noite sem prazer.
Olhos abertos a noite ainda não acabou.
A lua, meia lua, lua inteira, luz da minha dor.
Cada seio, cada corpo, um prazer, um verso que explique o que não é dor.
Prazer não é dor fina, prazer não é delírio simples.
Prazer é teu corpo no meu corpo, meia luz.
Lua vai caindo, luz vai sumindo
Meia noite, meio verso, meio amor
Cada beijo, um desejo, uma cor.
Cada noite, noite inteira de amor.

alexandro

terça-feira, 16 de junho de 2009

RENOVANDO

Hoje percebi que não adianta se esforçar muito com coisas perdidas, porque ou se cansa rápido ou tem-se uma decepção daquelas.
Não adianta muito tentar manter a postura cordial, amistosa e carinhosa quando o que menos interessa e o que sentimos. Há coisas que não tem conserto mesmo.
Observei que podemos tentar, nos esforçar em tentar mudar alguém e nada disto pode ter êxito quando o outro não deseja mudar. Então o melhor remédio é tomar conta da gente mesmo e deixar que o outro tome conta dele. Cada um tem o amor que merece.
Hoje percebi que não pode-se vencer a solidão sozinho. Mas é preferível ficar sozinho do que com companhias ilusórias que parece que estão, mas na verdade já se foram. Então resolvi atacar e tirar tudo que não produz paixão na minha vida. Joguei cartas velhas no lixo. Joguei fotografias amareladas de beijos passados e tristezas presentes.
Joguei fora a incerteza do destino e me apeguei ao fio de esperança do meu presente.
Então não ouse me questionar, não ouse a me recriminar. O baú está vazio. Cabe você colocar sua marca lá dentro.
Então não vale a pena uma caminhão de ilusão se a realidade não passa de uma carroça vazia e sem rumo.
Corri riscos, venci perigos, mas de tudo que vivi a suma é: Eu posso ser feliz se eu quiser.