terça-feira, 16 de dezembro de 2008

que dor é esta, que parece que vou morrer. Não posso gritar só posso sofrer. A minha decepção aliou-se a minha tristeza e a duas me corroem. Ta tudo cinza, ta tão vazio.
Preciso respeitar meu destino e o seu destino, mas a dor de respeitar sufocar a minha vontade de caminhar, de prosseguir. Será que houve verdade nas palavras ditas naquelas noites frias e melancólicas. Será que escutei ou acreditei demais.
Agora me pego contando os trapos que fiquei. Erguer é preciso, amar não é preciso.
Queria não ter visto o amor que vi. Queria não conhecer tudo que conhecei, ver tudo que vi, desejar tudo que desejei....
Agora o lamento de um coraçao podre de sofrer.
Amar assim, é suicido.
hoje morro um pouco mais. Nao pela decepçao, mas pela falta de vontade de alguem viver comigo.

PS. NAO ESPERO COMPREENSAO, NAO PRECISO. DE MIM FOI ROUBADA TODA O FUTURO PROXIMO.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

quando você não está aqui...

Quando você não está, qualquer sorriso serve, qualquer música é uma musica qualquer.
Quando você não está nada do que foi será novamente. É como um triste dia de outono. Folhas que caem e nuvem em cima.
Nada a fazer, nada a dizer...
Porque há distancia entre nosso amor? Distância que envenena o coração com suas subjetividade, melancolia, lamento, ansiedade... Distancia é arma que mata com um tiro certeiro no coração apaixonado. Mas de que serve amar de tão longe...Chego a duvidar da estrada, do destino, da madrugada romanceada por juras discretas e olhares penetrantes.Chego a duvidar de mim.
Quando você não vem, a incerteza chega, a dúvida paira, o ciúme reina.
Quando você não chama, nada tem valor. Rosas são matos, o prazer se torna em horror
A mais longa das almas que foi amar é sem sombra de dúvida a mais bela das incertezas; que certeza e insensatez não caminha lado a lado; que amor e razão são inimigos declarados; que o prazer reside nos olhos, na pele, nos lábios dos apaixonados...


continua.... um dia quem sabe....

amantes

Nada há debaixo da cama que não seja nossas roupas, nossos sapados contando uma noite que já acabou. Nem o frio do lençol ou o mais doce raio de sol poderá mostrar tudo que foi aquela noite. Noites mortas pelo dia. Noites dissipando como vapor de um orvalho que se vai. Amantes não mostram o rosto. Amantes mostram apenas o corpo; cabelos molhados e suspiros encerrados pelo dia que chegou.
Debaixo da cama não há testemunhas, não há registros feitos em sons, eles se foram junto com o último suspiro dado.
Já não há mais o barulho da noite, gemidos,suspiros...
Lençol ao chão, roupas que não se mostram no dia, peças que se espalham ao chão. Volúpia que toca a água e vira sereia com asas de borboletas, virtude de apaixonados... É o desejo de ter, de querer não amanhecer o fim da noite que se teve. Corpos são corpos É corpo em um só. Desejo que arranha, morde e assanha. Nada de reservas, nada de pudor.
Debaixo da cama, debaixo da noite, em cima do dia tudo que resta é o amor.