quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Jurei certa vez que jamais sofreria de amor novamente. Jura tola. Jura sem propósito. Jura sem certeza.
Hoje juro de novo "Não quero novamente sofre".
Amei e me entreguei, da minha maneira eu sei, mas me entreguei.
Quis atravessar a rua da separação, fiz planos, pisei na rua e cheguei em frente, mas as armaduras que vi me fizeram voltar. De volta ao outro lado da rua vi que perdi a oportunidade de bater a porta e ver se não era só sofrimento o sentimento tão dolorido chamando amor. Perdi mais que o amor. Perdi a direção.
Dificil não é voltar para casa de mãos vazias, difícil é notar que já havia perdido e sem saber foi-me omitido.
Hoje sofro novamente e
tento entre cacos jurar
que o amor é coisa feia
que mata a gente por dentro devagar
Então não me resta alternativa
Vou sumir devagarinho do pensamento dela
e quem sabe lá no final
eu seja apenas uma lembraça bela

Então eu canto
Noite sem luar

Paulinho Pedra Azul

Vi no horizonte azul a tarde desmaiar
E a noite aproximar
Enchendo de tristeza a solidão do mar
Roubando à natureza a luz crepuscular
E à sós no meu jardim cismava a divisar
Na noite sem luar
A vela que singrando
O oceano imenso
Levava para o além o meu querido bem
Foi que então veio a saudade e eu chorei
Depois com lágrimas nos olhos eu jurei
Jamais prender-me por amor
No cárcere cruel da dor.

Quem sabe sofro menos pensando em não pensar nela