quarta-feira, 4 de maio de 2011

MOÇA QUE ATRAVESSAVA A RUA

Vagando pelas suas ruas eu me pus a observar você.
Já está quase madura e seu fruto já brilha pelo dourado da tua pele.
A boca cheia d’água e as mãos trêmulas tocam sua presença disfarçada, envolvente cheiro que seduz.
Olhos que vagueiam pelo contorno da tua boca. Olhos negros nos seus.
Quem vê o que não se vê aparentemente perde o encanto da ternura que margeia as tuas curvas.
O homem se perde frente a teu encanto.
Nua, despida de toda vergonha, de toda maldade. Sincera.
Como a inocência da flor que desabrocha para o dia, assim é o teu desabrochar.
Observei seus olhos e notei neles o desejo por mim.
Tu és menina que virou mulher. Mulher de encantos, de desejos, paixão, riso, pranto, gosto.
Teu corpo é sedução e meus olhos bem sabe.
Teu cheiro que me invade
Tua pele que quero tocar.
Assim vou passando pela rua e olhando seu andar.
Cada passo tem um poema.
Cada poema tem seu desejo.
Cada desejo um sonho meu.