quarta-feira, 6 de março de 2013


Vejo o velho poema que ja foi novo e hoje é único.
Que trata de coisas velha que ja foram novas e hoje são únicas.
Em porta retratos com fotos amareladas que o tempo já gastou
Já gastou o gosto, o cheiro, a roupa,
Hoje roupa velha sem marca e sem baton

Vejo seu sorriso branco que ja foi franco e hoje não é
É sorriso distante, bastante que já e nao é
Em riso do passado, amarelado que o tempo nao poupou
Mas que trago guardado, em meu peito  reservado que somente eu sei

Passado passando apressado pela minha janela.
Nossos olhares olhando olhares de quem tem pressa.
Pressa de amor
Pressa do desejo
Pressa da retirada
abandono que nos leva
para longe de quem se ama
E a saudade é amiga da lembrança


Vejo velhos beijos,
Velho toques
Velhos abraços
Que faz falta em dias tão novos.
De saudades velhas