terça-feira, 29 de setembro de 2009

Hoje eu tive um sonho. Sonho destes que a gente acorda suado e senta na cama ofegante pensando nos detalhes.
Aquela música ainda tocava na minha cabeça quando levantei os olhos e percebi que ela não estava mais do meu lado. Senti seu corpo no meu corpo. Senti seu cheiro sem jamais haver cheirado. Senti seua pele sem nunca ter tocado.Senti sua boca sem nunca a ter beijado.
Entre o misto de felicidade veio junto o pesar. Não era real. Foi sonho, pensei.
Naquele sonho o mundo se resumia a três coisas. Eu, ela e someone like you. Não é lenta não Re, é exatamente o ríimo de um sonho. Exatamente o doce pensar em te ter por um momento que não se marca em relógios, mas que ultrapassa o imaginável e vai além do mundo e do tempo prescrito em segundos. É o sublime com o delicado. É o mágico com o concebível. Aqui a procura de Alguém Exatamente Como você cessa e o que se tem são os toques do piano e os toques dos nossos corpos. Era Sonho? Nao sei dizer agora.
Sentado naquela cama olhando a persiana que batia devido ao vento nem pude perceber quão grande testemunha eu tinha. Lua. Lua grande, brilhando num céu azul. Testemunha da minha lembraça solitária. Vento que entrava. Sonho que se esvaia. Noite. A mais bela noite do mais belo sonho da mais Linda das belezas enfim. Ela.
Sonhei, com detalhes fiéis, nunca forjados.
Sonhei, com vontade viril
Sonhei, com suor e com prazer
De ter você em um momento quase real. Sim, foi um sonho?
Nada é lento quando se quer detalhes percorer. Estudar a geografica do seu corpo. Perceber cada sensação ao tocar. Cada arrepio denunciando seu querer em me querer.
Nada é lento quando não se quer terminar algo que se tem em sonho. Serei cobrado por isto. Serei julgado por este sonho. colocarão-me na parede por ele. Mas não posso negar que ainda, depois de dias, a música ainda toca em mim.
Guardo-me das ressalvas, das tormentas, dos deboches, dos fiascos de opiniões. Guardo-me o direito de sonhar e de escrever.
Acreditar é uma opção individual.
Entender é uma opcão volutária
Agradar não é minha intenção.
Hoje, Eu, Re e Someone like you somos um no mais íntimo dos sonhos. Que aqui são Palavras, mas em mim é impirico.
Aqui é relato.
Quem quiser julgar que julgue.
É interessante como está em moda o "faço o que digo e não faça o que faço". Outro dia eu estava cruzando a rua próxima ao posto de gasolina e não é que estava saindo um carro do tal posto e lá estava a diretora da escola do meu filho. Mulher durona que prima pela ética estudantil; que não admite que os alunos freqüentem a escola com cabelos grandes, pircing e outras coisas que os jovens e adolescentes gostam. A diretora é daquelas bravas que fecha a cara para tudo. Pois é ela ia saindo do posto e não é que estende o braço pela janela do carro e solta um tanto de papel picado que voou em minha direção sujando o chão. Grande azar da dona. O carro parou para entrar na via e lá estava eu do lado dela, ai não agüentei e disse em alta voz: Diretora Onorina que exemplo hein? Ela ficou daquele jeito.
Agora nas reuniões da escola ela nem olha na minha cara. Acho que ela lê na minha testa a frase inicial deste texto.