quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Como na primeira vez

Meus olhos pararam no seu corpo.
Minha boca salivou. Desejou o seu gosto

Meu corpo o seu desejo.

Vontade de beijar suas curvas.
Vontade de sentir teu cheiro íntimo.
Vontade de sentir tua vontade
Tirar a roupa bem depressa.

Tocar-te como toca-se intimamente.
Decorar cada marca do seu caminho
Sentir o êxtase do seu gemido.

 ¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨

Amor é:
Acordar depois de anos e sentir isto  tudo de novo, como na primeira vez.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Pétala

No jardim havia pétalas caídas por toda parte. A última chuva conseguiu arrancá-las das lindas flores.
Como se demonstrasse toda sua força, uma última pétala ainda resistia presa naquela flor.
Talvez ela ainda acreditava que poderia embelezar aquela flor.. Talvez ela simplesmente resistiu a noite de chuva porque se viu forte e  bela... Talvez ela ainda acreditava na sua importância como pétala. Talvez amasse tanto aquela flor mais que as outras pétalas...
Aquela  pétala resistiu durante as investidas dos ventos, dos pingos forte da última chuva, e ali, agarrada aquela flor deixava claro que era forte, mesmo sem ser linda. 
Não se sabe até quando ela ficará ali segura e  insistente, indo de encontro a toda a bravura da vida, mas o fato é que ela resistiu ao vendaval  e se hoje, com o sol claro no céu ela cair, com certeza  foi vitoriosa e demonstrou que pode não ser linda como antes, mas  tentou ser importante para aquela flor. Talvez aquela flor não conseguiu  se ver ainda como flor porque foi machucada pela última chuva, mas aquela pétala ainda tentava demonstrar que ali  estava uma flor tão linda como antes.
As vezes somos pétalas presas a uma flor. Estamos presos, sozinhos e mesmo, suportando os vendavais, tentamos dar a flor uma beleza que ela não acredita ter. Há pessoas que são como flores despedaçadas que só conseguem enxergar as pétalas caídas que reportam apenas para o vendaval e não tem olhos para ver a pétala que ainda está  nela, firme e determinada.
Há pessoas que ainda acreditam em flores despedaçadas, mesmo sabendo que nunca serão vistas e nem notadas por ninguém, mas permanecerão firmes acreditando que são uma pétala importante para a sua flor.
Há pessoas como eu e como você.

domingo, 16 de outubro de 2011

O amor é uma jaula de portas abertas. Olhamos a saída e não temos coragem de sair. Talvez acostumamos tanto ao que ele oferece que minimizamos as possibilidades de sair e viver diferente.
Penso sempre que eu e você somos cúmplices das nossas mentiras, dos nossos desejos, das nossas manias, dos nossos extremos, das nossas covardias, das nossas maldades e do nosso amor-desamor, dos nossos olhares, das nossas poesias, dos nosso medos, das nossas vontades...
Quem já viu nossos beijos? Quem já escutou nossos sussurros? Estávamos sozinhos ou ligados ao mundo?
A porta estará sempre aberta pra mim e pra você. Talvez nos falte coragem de sair desta jaula.
Talvez queremos ficar dentro dela com as portas abertas para quem sabe sermos amado, tocado, sentido um para com o outro.
Ainda queros dançar Someone Like You com você. 
Dança  comigo?