Chega um tempo que precisamos alçar novos voos para realizar velhos sonhos.
Chega um tempo que precisamos andar sozinhos pela beira de uma estrada que nos levará a nenhum lugar importante, mas nos tirará da rotina sombria da vida.
Chega um tempo que precisamos de silêncio para poder falar com a gente mesmo e debater velhos dilemas sobre velhos amores.
Chega tempo que precisamos desligar o telefone, não atender a porta e ficar deitado olhando para o teto pensando em simplesmente nada.
Chega um tempo que as palavras não mais resolvem e o que precisamos mesmo é de agir, de sair da inércia e partir para o ataque. Ou não, às vezes continuar na inércia faz mais sentido. Quem sabe?
Chega tempo que a seriedade tem que deixar lugar para o sorriso. E o sorriso para as lágrimas. As lágrimas para um beijo, um abraço apertado. Um consolo. Nada dura a noite toda. Tudo se transforma pela manhã.
Chega um tempo que não precisamos correr riscos. Estamos velhos demais e usuais demais. Ou simplesmente corremos pequenos riscos desnecessários.
Chega um tempo que não queremos mais olhar as fotos. Falar de amor ou simplesmente amar alguém. Estar sozinho é fundamental para amar a si mesmo, sem reservas e sem zueira .
Chega um tempo que não temos tempo a perder e o tempo que nos resta é chegado para viver.
Bem ou mal. O certo é que sempre o tempo chega.