E do que me chamam?
Sou belo e maldito,
Doce e amargo
Amigo e inimigo
Sou o seu melhor e seu pior
Sou quem, nas manhãs frias, traz boas e más lembranças.
Chamam-me de cinza. Ás vezes de negro
Na verdade sou apenas lembranças boas que foram imprimidas em seu coração.
Senti-me nas madrugadas, nas manhãs de agosto, quando olha o retrato na parede
A cama desarrumada, a caneca de café sobre a mesa.
Sou eu quem faz da despedida a mais dura partida e da chegada a mais bela presença.
Sou Saudade
Tens-me a cada pensamento no teu amor verdadeiro, na tua amizade distante.
Tens-me dentro da tua alma, tua boca, na tua pele
Dos lugares que viveu e dos beijos molhados que um dia foram constantes.
Do toque na tua pele. Do cheiro teus cabelos
Sou saudade.
Dos dias, das noite, das tardes...
Brincadeiras na cama,
Cama com cheiro de saudade.
Sou saudade
Das conversas e prosas.
Dos poemas completamente loucos.
Das risadas... Dos segredos
Sou saudade
Para fazer lembrar o que não se pode esquecer
Assim me Chamam. Saudade