sábado, 14 de novembro de 2009

PATOLOGICAMENTE ROMÂNTICO

Ouvi esta expressão outro dia e de lá pra cá estou buscando um tempinho para escrever algo a respeito. Achei forte e ao mesmo tempo inovadora. Então vamos lá.


No grego Pathós é sofrimento; experiência; paixão. Logia é ciência, estudo.

O que é ser patologicamente romântico?
É mandar flores em tarde frias de inverno, onde as flores já são raridades nos jardins.
É dizer um Eu te amo tão intenso que desequilibre o mais firme coração.
É fazer papel de bobo e na frente de todos e se declarar apaixonado por alguém que se quer te enxerga.
É fazer planos para dois enquanto na verdade ainda só existe um.
Ser patologicamente Romântico é sentir dor no peito quando a pessoa amada se vai e alegria escandalosamente visível quando ela chega.
É não ter medo do tempo, da distância ou da ação, pois todos são meros expectadores do seu sentimento. Não há mundo que não seja relacional.
Patologia do Romântico é acordar a noite e pensar no beijo que não deu, na mão que não segurou, no abraço que não durou a tempo necessário do infinito desejo. É ser encorajado a ler poemas e ver beleza em flores, delicadeza das pétalas e agressividade dos espinhos.
Uma patologia romântica é amar mesmo que solitário alguém que nem te vê, mas que você acha que te vê. Na verdade não importa muito. Será sempre romântico ao abrir a porta do seu coração e a deixar entrar.
Patologia dos Românticos é uma loucura desenfreada.
É vermelho como cor natural.
É escutar música como se fosse um você cantando para seu amor.
É debruçar na janela e esperar seu amor passar. Que passe pelo menos esta noite.
É sentir necessidade do sorriso, do abraço.
Romântico vive doente à espera do seu amor.
A patologia tenta explicar as razões e as localizações dos sinais evidenciais da doença chamada Romantismo. Que leia também amor.
Quais são os sinais patologicamente romântico?
Tremor nas pernas quando ouve a voz do outro.
Suspiro quando recebe um sorriso ou um abraço
Necessidade de doar sem receber.
Ouvi insistentemente Someone like you e ver as fotos dela, ou quem sabe fechar os olhos e imaginar o cheiro.
É ver Casablanca com olhos lagrimejados pela despedida de Rick Blaine e Ilsa Lund e pensar que isto acontece com você todos os dias quando ela vai embora.
Ser patologicamente romântico envolver o querer amar o amor utópico e acreditar nesta utopia como fato realizado.
É cantar de madrugada.
Tomar chá e ler emails.
É sair correndo na chuva alegre só porque ela lembrou de você um dia.
E por fim é morrer de amor todas as noites e renascer a cada manhã