quarta-feira, 10 de abril de 2013

Detalhes em noite de chuva

Vestia vestido de listras amarelas
Seus cabelos dourados
Suas unhas pintadas
Feitas para serem beijadas.
Seus olhos verdes a me olhar
Olhava-me calada.
Som não se ouvia .
Seus lábios ocupavam-se
Em apenas me beijar.

Seis estrela de metal
Seis elos que envolve tua cintura
Cintura que beijei.
Em cama que deitei
Na noite que chovia
No quarto com sol

Lindo são tuas gotas
Seios de contornos rosados
Perfeitos...
Simetria que beijo e desejo
Em olhares que me olhavam
Verdes, verdes, verdes olhos verdes

Jardim de uma flor só
Flor branca de folhas verdes
Flor acima de nós
Estática Zantedeschia aethiopica
Pintada em verde forte e branco leite
Testemunha do nosso mundo
Mundo dos beijos, dos gemidos, dos abraços ( abraços que tocam a alma)

Noite de chuva lá fora
Cama ardendo aqui dentro
Cama com nosso cheiro
Cheiro fundido em abraços intermináveis
"Parece-me minha quando sou somente seu"
Sublime.
Teu predileto beijo sublime.

Pelos loiros habitam tuas pernas
Teu ventre é por um instante meu.
Toco-te e possuo-te
És minha e eu sou teu.
Em noite de chuva
No quarto com Sol.

Fecha-se as portas dos olhos
E viajamos em sonhos acordados.
Pensamentos não ditos
Em noites de corpos marcados.










terça-feira, 9 de abril de 2013

Decisão

Encontro-te em calma beleza
Sentado a beira de uma decisão
Amar e não sofrer? Não amar e não viver?

De amor morremos todos algum dia
Saboreamos o doce e amargo que ele tem
Pessoa que se ama sem dar todo amor
Amor que se tem e não tem.
 Para quem dar amor?

Prefiro quem ame com intensidade
Sem medo de sofrer arranhões em dias frios
Sussurros.... gemidos... mordidas e arrepios
Deixa marcas indeléveis em corações dilacerados

Amar sem sofrer?
De que adianta amar.

Costura-te coração
Hoje tens que amar
Amar quem não te ama
Querer quem não te quer
Amor tem dessas coisas
Frases prontas, cartas marcadas, fotos amareladas
Lembranças pelo ar

Mas alegra-te nesta tua decisão
O tempo cura tuas feridas
Cicatriza tuas entranhas
E como num passo de mágica
Esquece a dor antiga
Renasce de novo

Dores virão,
Ilusões, lágrimas também
Mas coração que não ama, não sofre,
Não vive é amor de razão.
Que se priva de ser genuíno
Passa a ser mascarado

Encontro-te meu coração
Em calma beleza
Sentado a beira de uma decisão
Amar e não sofrer? Não amar e não viver?

Prefiro que viva
A dor mais finda de uma paixão
Antes de ser apenas um desprezível,
Tímido coração.

Quero-te intenso
Denso em tuas incertezas
Quem quer pisar em terreno firme, jamais entrará em mar de amor
Abre tuas asas, coração
Voa, voa voa
Certezas são apenas  ilusões
Incertas de certas coisas que querermos

Encontro-te em calma beleza
Coração meu que quer o coração teu.