segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

LENÇOIS BRANCOS DESARRUMADOS

Lençóis brancos desarrumados. Marcas do seu corpo ainda na cama. Seu cheiro ainda exala no travesseiro e a luz do sol ilumina seu corpo nu.
Roupas jogadas é o registro fiel da noite anterior. Dos beijos intensos, do corpo desnudo, do gemido dado, da palavra dita em suspiros, do te quero meu amor dito de maneira ofegante.
As pernas entrelaçadas retratam a ultima intimidade. Retratam as minúcias de uma noite que já acabou. O sol, o sol ainda ilumina seu corpo nu.
Eu olho você ainda deitada. Olho e memorizo cada curva do seu corpo iluminado pelo sol. Pelo meu olhar que não quer parar de te ver. Notar. Querer..
Lençóis amassado. Lençóis desarrumados. Seu corpo denuncia meu prazer.
Ferve-me a vontade de tocar-te. Enlouquece-me o desejo de beijar suas costas e tocar nos seus cabelos.
O dia amanheceu e ainda vivemos a última noite, o último suspiro, o último gole.
Lençóis da cama têm a sua marca. Tem seu toque, tem ainda você.
Sinto seu gosto ainda.
Sinto teu toque ainda
Sinto tua voz ainda.
Sinto ainda sua pele. Arrepiada, molhada, minha...
Caminho bom é seu corpo. Curva perfeita.
Seus pêlos. Sua boca. Sou seu.
Íntimo noturno. Amanhecido. Gemido. Calado.

Lençóis denunciam sua pele. O sol expõe minha denuncia.
A noite se foi. O dia é ainda nossa noite.
Porque ainda haverá lençóis brancos desarrumados na nossa cama, mesmo quando o sol se for.
Teu cheiro ainda está em minha pele. Teu gosto na minha boca.
Sensações agradáveis de sentir você.
Ainda toco na sua pele. Levemente. Você sorrir.
Anda beijo sua boca. Delicadamente. Você se entrega.
Não há mais roupas para retirar. Não há mais tempo para nos parar.
Beijo, corpo, prazer, palavras, olhos fechados e sentidos abertos.
Lençóis na cama. Tudo recomeça.
Alexandro Candido