sexta-feira, 12 de agosto de 2011

TEMPO DE CRIANÇA


Queria o sol em plena noite
Para poder brincar lá fora novamente
Queira ouvir os pássaros cantando agora
Queria correr e jogar bolinha de gude,
Tomar banho de rio...
Cantarolar nas trilhas das borboletas
Pegar manga no pé.
Lambuzar de todo seu gosto
E de novo poder correr.

Queira o azul do céu
Com suas nuvens branquinhas
Queria o vento no rosto
Pedalar pelo caminho de poeira
Sorri inocente e sereno
Ser meu super-herói favorito
Capa amarrada na gola
Sentir o maior do caminho.

Que o dia nunca acabasse
E a noite não impedisse meu sonho
De ser uma eterna criança.
De brincar o dia inteiro
Sem ter que voltar para casa
Banho e jantar na mesa
Cama e mais uma noite de sonho.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Esclarecendo a uma flor

É imprescindível que a gente perceba a dedicação do outro
Para que num futuro distante não queixemos da solidão.
É necessário notar cada esforço dirigido à gente
Talvez não reclamássemos em textos escritos à luz de velas.
Talvez não lagrimejássemos a alma pela falta de atenção.
Talvez não culpássemos o outro pela nossa distração.

De certo que seria tudo mais calmo
De certo tudo seria esclarecedor.

Então que fique claro que toda mágoa tem uma razão
Amor não amado, dedicação sem predicado, extremos sem atenção.
Amor a distancia não tem graça
Quem não  conhece do amor que conte?
Beijo não beijado, braço não abraçado, corpo não tocado, sonho não sonhado... Infinita e finda dor.

Que registre esta clareza
Dos textos que fiz e que já mofou.
Não posso reclamar do meu tempo
O meu tempo aqui já passou.

Então findo aqui esta quase trova
Os versos que não mais farei
Talvez eu esteja louco por dentro
Por fora nem eu mais sei

Adeus aos velhos hábitos.
Versos, músicas e retratos.
Sonho... Utopia de amor.

Calo-me diante dos meus versos
Para não despedaçar mais linda flor
Que amor pouco é bobagem
Sentimento guardado em plena dor.