sexta-feira, 24 de julho de 2009

De longe persegue-me a alma. O corpo ja nao obedece. A mente ja é cativa.
São sonhos destorcidos. Confusão. Loucura. Insensatez.
Um fim de não ter fim. Apenas um recomeço.
O desabrochar da paixão. Do rosto molhado pelas lágrimas... ingratidão de quem ama. Defesa de quem sofre.
Hoje exala aqui o cheiro da saudade. Saudade tem cheiro de terra molhada. Orvalho que caiu à noite e que já evapora com o novo sol e queima o chao e racha a terra e mata o coração.
De longe persegui-me a sua imagem. Corpo delicado. Cheiro de fruta madura.
Tento desfarçar meu corpo destes pensamentos meus.
Este quarto está tão frio, sinto a falta do corpo teu.
Há entre a exata compreensão do instante mais belo e desgraça do instante mais rude a fina e extreita maneira de ser. De ver. De sentir o que nao se sente e nem se vê.
Há entre eu e você a falta da mais pura compreensão. Somos antagônicos. Somos metafóricos. Somos paradoxiais. Somos dualistas. Somos controversos. Somos eu e você. Amor que amamos e extremos que vivemos. Ninguém vai compreender, nem ao menos tentar decifra o nosso enigma sentimental.
E quem dará crédito a este texto? Quem irá compreender os facínios de quem ama?
A dor não é dor. Já incorporada ao dia a dia, sofre junto com a saudade que vende seus males ao coração tolo.
Que remédio tens pra mim?
Que soluçao tens para mim?
Sou eu quem sufoca o último suspiro ou é você que esgana a minha esperança?
Diga quem és, oh perseguidora.
EU SOU O QUE VOCÊ PROCURA?