quinta-feira, 26 de março de 2009

Dialética de mim mesmo

Se eu fosse você, eu nao seria eu, mas você.E você nao seria você, mas seria eu.
Se você e eu fossemos eu e você, quem seria nós? Não haveria nós, mas eu sendo você e você sendo eu.
Memória dentro de mim. Outro dentro de mim. Que pensa e tem diálogos comigo mesmo sendo você, póstuma memoria de mim.
Eu sou eu quando não sou você
Você é você quando nao quer ser eu.
Minha memória, minhas lembranças que me invandem com desejos e reporta-me a um outro eu. Minha memoria de mim mesmo.
Eu ja tentei nao ser você e acabei sendo eu. E neste ser eu acabei descobrindo que melhor era ser você enquando você queria ser eu.
Eu. Você.
O Eu o centro da consciência superior, a soma total dos meus pensamentos, das minhas ideias, dos meus sentimentos, das minhas lembranças e percepções sensoriais, extra-sensorial, e não-sensorial. Representa os meus impulsos instintivos de personalidade na sua mais baixa representação, reservatório inicial da energia psíquica. Eu ou você?
Você é um eu dentro de mim que pra mim é um tu. TU que me acompanha dentro da minha cabeça, do meu coração. Eu sou você, você sou eu.
Minha mente me persegue dia e noite. Me diz coisas imperativas que me obrigam a ser você. Dura dialética do meu ser.
Já nao sei quem sou nas noites frias de solidão. Você me invade com desejos, com acusações ou simplesmente me chama para ser você. Dura é a ausência de mim, me retraio e deixo você existir.
Se você fosse eu assim como sou você, seríamos um, mas somos dois. Você meu acusador, eu seu opositor.
EU nao sou você, eu sou nós. Eu sou entre. O meio da minha paradoxia psicodélica.
Quem sou eu? sou você, voz exterior que sei de onde sai. Ou sou você? Voz interior que não sei de onde vem.
Nesta dura discursão com você eu tento me afirmar e você tenta me abater.
Luto por mim, Luto por você.
alexandro candido

segunda-feira, 23 de março de 2009

Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém...
Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim...
E ter paciência para que a vida faça o resto...
William Shakespeare