Sabe aquela sua foto, ainda me lembro dos detalhes e a guardo na memória com zelo tal que me esqueço de te esquecer.
As mais profundas das nossas saudades, sempre mostram que ainda há dentro da gente mais que a distância ou a falta. Ela nos mostra que ainda é viva a vontade mais intensa das vontades, aquelas que a gente acorda a noite, que me faz escutar Someone Like You nas noites perdidas sem luar. Não adianta, está confirmado: a saudade e a distância são parceiras no ato da solidão de quem ama.
Não sei tocar mais seu coração.
Não sei mais produzir em você aquele love story e isto é fim.
Ainda estou sentado na mesma varanda te esperando nestas noites de verão. Quero arriscar, mas tenho medo.
Ainda estou sentido o que sentia no tempo em que corríamos noite a fora rumo ao nossos corações.
Estar longe e apegar as lembranças com você sorrindo pra mim, ainda corroi a alma com saudade.
Quem sabe um dia eu serei salvo desta armadilha da saudade.
Quem sabe nossos medos sejam apenas monstros que assustam crianças. Crescemos hoje.
Quem sabe?
Certo da solidão, parceira de quem ama, vivo apenas, nada mais.
Pego seu retrato e confirmo a saudade e a vontade que não tem mais fim
Eu fecho os meus olhos e começo à lembrar.
Do maior dos meus amores.
Da maior das minhas dores.
Das palavras que escutei você falar.
Do eu te amo tanto.
Que sou o cara da sua vida.
Apenas fecho meus olhos.
Eu fecho os meus olhos e te encontro aqui.
Sem reservas, sem mágoas, sem o Eu , somente o Nós.
Eu fecho os meus olhos para lembrar de você.
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