sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

SE TEM UMA PEDRA NO SEU CAMINHO, EIS A MINHA SOLUÇÃO

Sempre que leio Drummond eu me pego a pensar: Se havia uma pedra no meio do caminho e no meio do caminho havia uma pedra, o que se pode fazer quando uma pedra esta no meio do caminho da gente?
Pensando e relendo o lindo poema eu descobri uma coisa:
A melhor forma de solucionar o problema, se é que estamos falando de um problemas,  não é retirar a pedra, com sua beleza dura que nos coloca um dilema de continuar a caminhar. Não podemos simplesmente arrancar uma pedra em nosso caminho, pois vejo esta pedra não como uma pedrinha, mas uma Pedra. Algo que nos faz parar e admirar. Algo que nos faz manifestar a nossa condição de pessoas normais numa vida normal. Então qual é a solução? Simples façamos outro caminho.
Quem quiser vencer, ter sucesso ou mesmo ser feliz tem que fazer outro caminho e este caminho não precisa simplesmente anular as pedras, mas respeitá-las. Fazer um novo caminho é desafiador, pois desbravaremos o desconhecido, mas ao mesmo tempo nos dá a primazia de dizer: "eu fiz este meu caminho com as minhas foças".
Não gosto de caminhos prontos, é um tédio olhar a estrada já pronta e sinalizada. A vida não é uma receita minuciosa do bolo da vovó, a vida é o desconhecido humorado das crianças. Gosto disto. Gosto de andar de pés descalços (bom agora não muito, pois quebrei o tornozelo), mas gosto do contato com a terra, mãe natureza de todos nós.
Mas voltemos ao Drummond, ele realmente fez a gente pensa na danada da pedra e ignorar o caminho. No meio do caminho havia uma pedra? será que no meio do caminho havia uma bendita pedra? ou será que a vida esta limitada a apenas aquele caminhozinho que gostamos de percorre a vida toda e que nos torna pobres de crescimento? 
Claro que não quero  destorcer o significado do poema Drumoriando (acabei de invetar uma palavra), mas como o poema é livre e posso ter a impressão que melhor gostar, eu gosto de pensar que o caminho é um caminho chato, preparado e sem cor. E aquela pedra transforma a tediante viagem em uma bela incógnita: o  que fazer diante de tal pedra. Eis a minha solução: Construa outro caminho  que te levará ao destino que você desejar.
Havia uma pedra no meio do caminho. No meio do caminho havia uma pedra. Que maravilho eu fiz o meu próprio desvio e cheguei  feliz e realizado, pois pedra alguma irá nos parar 

ps. Propositalmente eu misturei a primeira e a terceira pessoa kkk que lambança kkk

Um comentário:

Anônimo disse...

“A vida não é uma receita minuciosa do bolo da vovó, a vida é o desconhecido humorado das crianças.”
Amei essa comparação!

Esse poema do Drummond é, realmente, de uma singularidade sem igual.
Há os que amam tal poema e há os que odeiam, e assim como você, eu também adoro.

Suas colocações são as minhas, embora eu goste da segurança do caminho conhecido.
Mas, sei que nem sempre o caminho conhecido é o melhor caminho.
Acredito (e sempre acreditei e vou sempre continuar acreditando) que a pedra que existe no caminho não está ali à toa. Muito pelo contrário, a função dela é nos fazer ver novos caminhos.