quinta-feira, 12 de maio de 2011

SILÊNCIO


Não ouço mais sua voz do lado esquerdo da cama.
As palavras de carinho e amor silenciaram.
Silenciaram os sussurros que nos movia naquelas noites.
As frases entoadas não se ouve mais pelas manhãs
E não se colhe mais a delícia dos teus sons.
Silêncio. O mais duro silêncio.
Silêncio dos teus sons, da tua presença, do teu cheiro.
Há muito espaço que em mim deixaste.
Saiu, não avisou e nem se despediu.
Não pude dar o abraço.
Não pude dar o último beijo
Só deixou o teu silêncio no meu corpo imóvel.
Flores eu dei a você. Dei-lhe pétalas perfumadas de amor
Nunca fomos a calmaria que queríamos e nem o silêncio que deixou.
Não ouço a sua música e nem vejo o seu frescor
Não abraço mais seu corpo
Não beijo mais sua boca
Não vejo mais seus olhos
Não tenho mais o sorriso.
A casa está escura.
Tudo imóvel está.
A cama desarrumada ainda te espera.
Te espera as nossas fotos que ainda não revelamos
Te espera os nossos aniversários que não fizemos
Te espera a música que ainda não dançamos
Os nossos sonhos ainda te esperam
O silêncio já dura muito
Volta para romper com este vazio
Silêncio. Silêncio que seca a alma.

3 comentários:

Regiane Ivo disse...

Olha, esse texto é arrebatador! Rsrsr
Dizem que o silêncio é a melhor resposta, para mim o silêncio é o pior castigo para as ambas as partes, para quem fica e para quem vai.
Para mim o silêncio é a voz dos assuntos mau resolvidos.
Tô adorando seus textos.
Bjus

paraneura disse...

espera, pelo que achas que volta, mas sabes que seguiu seu caminho! lindo, esperava tambem que o silencio se rompesse com palavras de quem eu amava, acabei rompendo o silencio com meus versos! lindo texto.

Anônimo disse...

Emocionante esse texto!
Tão emocionante que consigo ouvir o silêncio!
Como disse a Regiane, o silêncio é o pior castigo e penso igual a ela.
O silêncio dói... e quando ele ocorre depois de uma pergunta importante é muito pior, pois nos permite imaginar 1.001 coisas (e nem precisa dizer o quão terríveis são as coisas imaginadas).
Penso que se houve diálogo para começar, deve haver diálogo ao terminar.
Não gosto desse silêncio. Não mesmo!