Ah, Como preciso do teu cheiro
Beber o teu gosto, alimentar-me do teu toque
Enamora-me com a tua presença, macia, sutil e permanente.
Com desejo, desejo o teu mel
Boca que guarda a memória da tua boca.
Sentado aqui neste canto ensolarado pela tua lembrança
Menino nos meus desejos. Acordo lentamente para este sonho do passado
Te vesti de cuidado, despi-me da timidez
Esquecer nunca foi plano, voltar nunca foi uma ida
Adeus nunca foi a palavra,
mas o trem partiu, deixando sua fumaça branca para os que ficaram.
A valsa que dançamos na cúpula dos que amam,
ainda soa em nossas memórias.
Preciso beber teu cheiro
Espremer tua boca na minha boca , teu corpo em meu corpo
Assim como o planta precisa da chuva, assim preciso de ti.
Não te demores tanto.
Nem espere o findar do dia
Pois a lua, magoada deixou de surgir
O sol deixou de brilhar
No céu não há estrelas e os pingo da chuva secaram no ar.
Ps.: do Autor:
A Saudade e o drama, são as peças mais depravadas do Amor.
E o que o amor, senão o sofrimento da alma do que sente a falta do que não te falta?
Amamos e sofremos, este é drama catastrófico da alma apaixonada.
Mas ainda estamos aqui, e ainda amaremos e sofreremos os devaneios do amor e drama.
Um comentário:
Por motivos alheios à minha vontade, somente hoje estou conseguindo postar o comentário, mas li e reli inúmeras vezes!
Que texto lindo e sincero, deu até vontade de amar novamente!
“Boca que guarda a memória da tua boca”! Uau! Aliás, a boca guarda a memória da boca e do corpo todo, sem contar no gosto, que ela jamais consegue esquecer.
“ Te vesti de cuidado, despi-me da timidez
Esquecer nunca foi plano, voltar nunca foi uma ida
Adeus nunca foi a palavra,mas o trem partiu, deixando sua fumaça branca para os que ficaram.”
Amei essa passagem, pois retrata a verdade pura e cruel de que muitas e muitas vezes não somos os donos dos nossos destinos e das nossas vontades.
Esse texto me lembro de uma música que eu amo, do genial João Bosco: “Memória da Pele”!
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