sexta-feira, 17 de julho de 2020

Vida em dormentes e pedras pelo caminho

Encontro de si mesmo  na estação.
A mesma coisa dita: Adeus.
Que pela fumaça do trem, 
Espalha-se o devaneios.
Que pela forma dos rostos, o desejo de não ir.

Partimos.

A vida passa em dormentes. 
Pedras da vida lançadas pelo caminho. Trilhos, curvas outros lugares...
Caminho de ida e de volta

E voltamos.
Voltamos ao mesmo lugar,
Onde tudo sempre foi Amor.
Nos reencontramos na chegada
para esquecer a partida.

Haverá outras viagens 
Outros dormentes e outras pedras nos trilhos
Haverá curvas  o nascer de uma nova jornada.

Mas sempre o mesmo amor.
Passando em encontros e despedidas. 



Um comentário:

Anônimo disse...

Lembrei de “Encontros e Despedidas”!

O adeus dito na estação parece que é mais doido, ainda mais quando o maquinista aciona o apito indicando que a hora e partir chegou.

Queremos ficar mas, no momento o verbo partir é um imperativo, uma ordem, uma imposição!

Aí vem a volta e o reencontro! Ufa!

O reencontro com o amor!

E aproveitar o momento até que que verbo partir nos obrigue a ir embora novamente.

Achei o texto melancólico, mas ao mesmo tempo esperançoso, além de belíssima.