A vontade não feita
A despedida não finalizada.
Somos a dimensão do improviso
Das palavras e significados
Somos feito de desejos e vontades
A nossa pele ainda geme
E o nosso coração ainda pulsa ,
Á tarde nos desejamos
O que a distância não traz
Mas a lembrança satisfaz
Somos o que foi, o que era...
Somos o até logo.
Somos trilhos em caminhos diferentes
Somos assim
Eu em você e você em mim.
Mesmo quando há distâncias em nós
Um comentário:
De cara lembrei de “Certas Coisas”, do genial Lulu Santos!
Distâncias!
Palavra que por si só já causa um certo desconforto, ainda mais quando estamos distante de quem gostaríamos que estivesse bem perto.
Palavra que causa alegria quando queremos ficar bem longe de certas pessoas ou certas situações.
Distâncias!
Antigamente, a distância era mais doida, pois os meios de comunicação não eram tão rápidos.
Fazer uma ligação custava uma fortuna. Fazer um DDD custava 2x o valor da fortuna. Fazer um DDI era algo inimaginável.
O que salva eram as cartas e todo o seu ritual.
Pegar o papel e caneta. Sentar para escrever. Colocar no envelope. Colar o envelope. Ficar horas na fila dos correios. Aguardar ansiosamente a chegada no destino. E aguardar, com o dobro da ansiedade, a resposta.
Ser trilhos em caminhos diferentes é péssimo, quando se quer ser trilhos em caminhos iguais, ou, ao menos, trilhos que estão mais próximos.
Nada como as lembranças para nos fazer lembrar que mesmo distantes as pessoas estão juntas.
Amei o texto.
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