terça-feira, 30 de junho de 2020

APRENDI

Aprendi que não importa o quanto se anda, sempre haverá uma distância a ser percorrida em nossas vidas. Que não importa se andamos correndo ou devagar demais, o tempo não muda por conta disto. Aprendi que amor é mais o que sentimos do que queremos receber, e que se amamos de verdade não existe limitações para se doar. Que quem sofre de amor é porque ama de verdade. Aprendi que olhar nos teus olhos é mais importante que olhar para a nossas diferenças, nossas ideologias, nossas experiências de vida. Que olhar nos teus olhos posso aprender mais de mim do que de você. E que se fixar bem os olhos posso até esquecer quer existe uma distância tao grande que nos separa. Aprendi que está no centro não pode ser uma coisa boa pra sempre. Que equilíbrio é como andar: Desequilibramos para equilibrar de novo. Que Sair da Centralidade das nossas vidas é poder experimentar novos sentimentos, novas situações que normalmente na centralidade evitamos. Aprendi que existe mais sonhos em minha vida do que as realizações que tive. E se posso sonhar é porque estou vivo, estou te amando... Nada pode ser melhor do que aprender com a vida, com você e com meus sentimentos. Aprendi a ser exagerado no que escrevo, talvez assim posso externar tanto tempo de reclusão. Que melhor é ser exagerado do que contido. Contido sofre, morre, some, exaspera seus sentimentos Aprendi que ansiedade faz parte e que posso ser tao ansioso quanto possível. Aprendi que posso errar, e dai se erro, todos erram e não estão nem ai pra nada. Nem pra mim, nem para você. Aprendi a não cobrar tanto de mim e que não posso pagar nada.  Aprendi que posso chorar e que choro não me diminui, mas me faz sentir lavado. Aprendi a sentar no chão e simplesmente não fazer nada, não ouvir nada, não falar nada, não ser nada. É o meu momento comigo. Aprendi que posso ser seu príncipe ou posso ser seu monstro, isto vai depender de como você me vê. Aprendi a aprender. A ser louco e apaixonado. A ser lúcido e desavisado. E que a vida não é a vilã, mas a saudade.. Aprendi que a morte não acaba com a vida, mas renova, restaura e move.. Aprendi que você pode nunca ser minha, mas jamais deixará de ser a Cinderela dos meus sonhos. Aprendi que amar você é muito bom. E que não tenho medo disto, pelo contrário me faz ser feliz. 


Texto publicado 05/09/2008 

Um comentário:

Anônimo disse...

Dois comentários preciso fazer imediatamente:
1º - simplesmente amei o texto e
2º - lembrei da música do Almir Sater (Tocando em Frente)!

Aprendi que quando queremos que o tempo passe voando, ele simplesmente não passa; e aprendi que o inverso é verdadeiro, dessa forma estou aprendendo a não ter pressa, pois tudo acontece no tempo que tiver de acontecer.

Aprendi que amar é uma doação, que pode ser retribuída na mesma mesma intensidade (o que, para mim é o ideal), ou em intensidades diferentes (para mais ou para menos), o que pode causa um baita desequilíbrios relação.
Mas, quem ama, vai continuar amando, independentemente se vai haver retribuição ou não.

Olhar nos olhos da pessoa amada é um bálsamo, como é um bálsamo sentir aquele friozinho na barriga, sentir o coração disparar e sentir as pernas ficarem bambas!
Ou seja, pouco importa quantas vezes você “reencontre” a pessoa no decorrer do dia, bem como pouco importa o tempo de relacionamento.
O que importa é sentir todos os sentimentos como se fosse a primeira vez.
E quanto as diferenças penso que enquanto o todo vale à pena, os problemas do dia a dia sempre serão insignificantes.

Sair do próprio ponto de equilíbrio é sair, de certa forma, da própria zona de conforto, e isso pode doer, trazer certo desconforto, desequilíbrio, porém, aos poucos nos sentimos em casa novamente.

Nem sempre vamos realizar tudo o que sonhos, faz parte da vida, por isso devemos comemorar cada sonho realizado, pouco importando se era um sonho pequenino ou um sonho imenso.
Sonho é sonho! O que importa é a satisfação pessoal de tê-lo realizado!

Não acho a sua forma de escrever exagerada, acho que apenas você passa para o papel a intensidade do que está sentindo. Na medida exata.

Aprendi tanto ao ler esse texto, ou melhor, fiz um inventário da minha vida e dos meus aprendizados e descobri que pesando da mesma forma que você.

Apenas trocaria a “Cinderela” pelo “Príncipe Encantado”!

O texto é de 2008, mas poderia ter sido escrito em 2020, tamanha atemporalidade dele.