terça-feira, 20 de maio de 2014

Amor ao próximo não é tão simples assim.





Quando pensamos em amor logo nos vem na cabeça um sentimento repleto de coisas boas, com ações nobres para aqueles que gostamos e que gostam da gente. Mas já parou para pensar que amor vai além disso? Ou que amor é por vezes é um sentimento que nos confronta com nosso ego, com nossa maneira de agir e de ser com os outros; que amor é impessoal, ou seja, não visa apenas quem gostamos, mas deveria atingir aqueles que às vezes nos odeia? Amar o próximo não é tão simples assim, requer muita disciplina, muita paciência. Amar o próximo é um sacerdócio diário que mata o velho homem rancoroso e dá lugar ao novo homem pronto para receber e ser recebido em amor.
Que exemplo maravilhoso Deus nos mostra em Cristo. Aquele que toma as dores, os castigos, às enfermidades, assumiu nossas transgressões e nos ajuntou todos debaixo das suas asas para dar-nos proteção e acolhida. Jesus mostra o amor ao caído, ao pecador demonstra amor. Um amor que jamais conseguiremos explicar. Veja Saulo o grande perseguidor sendo transformado em apóstolo através do amor. Dê uma olhada em Madalena, uma mulher prostituta que é acolhida em amor. Olhesua vida. Um pecador distante de Deus.
Definitivamente, para amar ao próximo temos que subir na cruz. Não é fácil amar o diferente, amar o que não nos ama, amar aquele que nos causa dor, pois amor não se expressa em palavras, mas em ações. Amar e não cuidar, não é amor. Quem ama cuida. Quem ama sofre junto e está sempre ao lado.
Amor é companheirismo. Uma diaconia ao próximo, pois amar ao próximo não é tão simples assim. Tem que ter toque que acolhe, presença que serve e fé que move. Nada disto de amor distante. Amor é para ser vivido junto, pois quem vive separado não ama. Eis ai a explicação da presença de Deus em nossas vidas: ele simplesmente nos ama  não apenas se nossas ações são boas ou não. Ama-nos simplesmente porque somos frágeis e precisamos dele e do amor que ele oferece.
Conclusivamente amar ao próximo é amar a si mesmo com todas as riquezas e todas as dificuldades que o amor genuíno acarreta. É o exercício do Cristão – Amar ao próximo como a si mesmo. Não há outra maneira de viver o evangelho de Cristo se não amarmos uns aos outros, subindo na cruz e sendo sustentado pelo Pai. Pois quem ama perdoa.
Amar ao próximo é uma atitude que tomamos, mesmo quando não amamos. O incrível é que quando optamos em amar quem não amamos o tempo faz o amor brotar. Amor é o que o amor faz e não o que o amor diz. Faça o amor e não diga que apenas ama. Um aperto de mão não diz que você ama, mas uma atitude de ajudar, de acolher, ao contrário, mostra o amor.  Então um conselho que tiro do grande escritor C.S. Lewis: “Não perca seu tempo se preocupando se você ama o próximo – aja como se amasse. Vai descobrir que, quando se comporta como se amasse alguém, dali a pouco passará a amá-lo”.
Alexandro Cândido.

2 comentários:

Anônimo disse...

Ser bom ou amar pessoas com as quais temos empatia, realmente é muito facil; já ser bom e amar pessoas que não nos querem bem ou com as quais não simpatizamos é um exercício diário de superação. Pois é muito mais seguir não simpatizando!
Somos tolerantes com que amamos, relevamos, muitas vezes, o mais grave dos erros; mas somos impiedosos com um pequenos equívoco praticado por aquele que não temos empatia.
E em situações assim, entra também a superação diária pelo menos tentar ser justo.

Anônimo disse...

Tenho que nascer e renascer inúmeras vezes para conseguir amar a todos de forma verdadeira amorosa e plena; principalmente no que diz respeito às pessoas das quais não gosto!
Sei que não faço vantagem alguma amar aqueles que me fazem bem... amar quem a gente gosta de verdade é muito fácil.
Resumindo: estou ferrada, pois embora tenha poucas pessoas de quem realmente não gosto, não gosto de forma intensa!
Mas estou tentando mudar!