domingo, 11 de março de 2012

Às  vezes sinto-me sóbrio, mas nem sempre lúcido. Talvez seja por puro capricho, talvez seja por pura defesa.
Às vezes me sinto só, mas nem sempre sozinho.
Às vezes não me sinto sentindo nada. Talvez seja para amenizar a falta de alguém
Entendo muito bem de destino. Sou carta endereçada, sou paixão que exala, sou lamento que se compõe.
Às vezes sou profundo, por outro raso demais.
Incomunicável,
Inconstante,
Volátil,
Empírico,
Sem lacre...
Minhas emoções foram forjadas por outra pessoa.
Meu eu alimentado por outro eu.
Nem tristeza, nem alegria Sou um texto apenas. Palavras jogadas no papel ainda virgem, ainda sem vícios, sem sentimentos, sem palavras. Assim sou eu. Nem sempre me formo com as rimas, nem com as métricas.
Sou dual,
Sou o que de melhor pode se dar.
Sou amado
Sou odiado.
Mas sempre permaneço lido nas mentes e nos corações.
Eu sou o poema que não foi escrito.
Eu sou muitas vezes o que seu coração precisa.
Eu sou um poema. Composto por palavras, cheio de emoções verdadeiras ou não.
Sou apenas um poema vestido de vermelho, adornado de amor.
Delicado.
Detalhista.
Imaginário.
Lido por olhos atentos, tomo vida.
Fechado em livros, sou morto.
Sou testemunha de grandes amores e grandes dores.
Tenho em meu corpo a transcrição de todos os sentimentos.
Tenho a forma sem forma de coração que me compõe e que me decompõe em leituras ataviadas de emoções....
Às vezes sou assim, outras não.

Um comentário:

Anônimo disse...

As formas antagônicas de ser... um dia isso... outro aquilo!
No mesmo dia: ódio e amor.
Sem o antagonismo seriamos tão monótonos.