terça-feira, 29 de março de 2011

COISAS ANTIGAS

Hoje escrevo frases antigas em folhas novas. Escrevo para endereços antigos em lembranças velhas. Entrei numa estrada há tempos atrás e vi muita poeira em meus sentimentos. Vi que o mais importante não é o que quanto se ama, mas a capacidade de perdoar e viver uma vida. A estrada foi longa. Tive pessoas lindas ao meu lado por certo tempo. Tive pessoas inesquecíveis e pessoas que resolvi esquecer.
A vida numa estrada anda devagar e a cada curva achamos que ela vai acabar. Mas ai vem à surpresa, que a mesma estrada que te leva é a mesma que te traz, tornando a vida extremamente linda e verdadeiramente justa. Não sou mais um viajante em busca de um lugar. Não, hoje sou alguém que encontrou o ninho e o encontrou sorridente e para ficar...
Nunca esqueço dos sorrisos que recebi no caminho. Dos abraços que ganhei de encorajamento. Dos olhares que vi quando ia partir novamente. Andar errante é coisa chata. Não se tem rumo e sem rumo qualquer lugar é lugar, não há residência, não há porque retornar.
Mas hoje olhando de longe a estrada eu sei que a vida andou para as pessoas que eu conheci. Elas também souberam que não podiam ficar estacionadas e resolveram partir.
Então escrevo este texto que não é nem começo nem fim. È apenas um olha de alguém que não vai mais partir.
Quero ficar aqui e sei que a felicidade é como um passarinho que pousa na janela do nosso quarto e canta para nos alegrar. Tão logo a alegria chega o passarinho quer voar.

Um comentário:

Anônimo disse...

Belíssimo!
Acho que andei por esss estada também!