Coisas assim que dizemos a lua e as estrelas do céu.
Afloram nossos braços, abraços de ontem a tardinha,
Sorrisos da minha chegada. Tristezas da nossa partida
Lembrança realizada em teu quarto de dormir.
Cama que morei
Teus Olhos que me viram de alma nua
Teus lábios ainda estão úmidos pelos meus beijos.
Afloram noites com sol
Afloram a beleza dos nossos girassóis.
Onde só tem amor
Vem me beijar de novo
Vem livrar do abandono
O meu coração já tem dono
Vem apossar de mim neste outono
Onde só tem amor
Vem me beijar de novo
Vem livrar do abandono
O meu coração já tem dono
Deixa o amor te levar
Dias assim de outono
Afloram em mim desejos ternos de ter
você.
Um comentário:
Que texto belíssimo, encantador e apaixonante.
Senti uma mistura de “noites com sol”, do Flávio Venturine (e salvo engano, você já disse aqui que adora essa música)!
Ah, as coisas que dizemos para a lua e para as estrelas, normalmente, são coisas inconfessáveis.
E, quando colocadas em prática essas coisas inconfessáveis... os desejos se tornam realidade e tudo se aflora e a vida fica mais colorida e mais leve.
A antítese dos encontros repletos de desejos: sorrisos com a chega da pessoa deseja e tristezas com despedida!
Os olhos que desnudam a pessoa deseja, mas são olhos que veem muito mais que o corpo desejado, veem a alma e captam nuances únicas.
Lábios úmidos dos beijos dados e lábios úmidos de desejos.
Desejos que afloram!
Dias de outonos, dias de verões, dias de invernos, dias de primaveras, dias chuvosos, dias ensolarados: tudo isso faz com os desejos sejam aflorados! Tudo isso é um despiste para dizer “afloram em mim desejos ternos de você”!
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