Dos matos que cresciam junto às calçadas,
Das chuvas que molhavam a terra seca do quintal
Havia vida, mesmo quando não havia abundancia.
Saudade de correr descalço e pisar no chão nu.
Coisas de crianças a fazer,
Sonhos sonhados antes de anoitecer.
Saudade das fogueiras, das batatas, das cantigas.
Saudade do pula corda, do pega-pega, de Aninha.
Saudade da bola de meia e da meia bola.
Saudade de ver o verde novinho.
Eramos bichos, soltos em nossas imaginações.
Eramos aventureiros a desbravar a Mata das Borboletas,
Nadávamos em meio as grandes árvores
Jatobá, Pinha, frutinhas silvestres apanhadas no caminho.
Calção, descalço e sem camisa era nosso uniforme,
Meninos que brincavam sobre as lápides amareladas da Saudade
Eita tempo, eita tempo...
Doze anos,
Saudade de correr e...
não pensar em voltar a atualidade.
Um comentário:
Saudosismo!
Foi com esse sentimento que terminei de ler o tecto.
Deu para acompanhar passo a passo os seus 12 anos e igualmente lembrei dos meus 12 anos!
Não havia abundância de bens materiais, mas havia abundância nas amizades, nas brincadeiras, nas travessuras e no respeito.
Adorei o texto.
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