quarta-feira, 21 de outubro de 2009

ATO

Sozinho na solidão do estar só.
Caminho na escuridão
Ergo os olhos para o nada
Nada: o que não existe; o Não-ser; o não possuir.
Ato de estar sozinho de si mesmo.

Preâmbulo da minha existência, do meu ato
Retábulo da minha alma colocada em pedestal do vazio.
Ser Eu ou Ser nada?
Tudo mora, tudo mente, tudo frio. Solitário.

A Semente germinada.
A espera do seu fruto.
Que não passe pela alma
Que não furte o acaso do ato ( crescimento gradual)

Fim último da vida.
O ato de suspirar: Procuro a vida em ar que não tenho em coisas que não sou.
Ato do sexo suado;
Ato do Pecado velado;
Ato da Procura insana;
Ato do fim de cada ato.

Último verso.
Último ato.

Inerte ao ato que não quero produzir, vejo-me solitário, vazio e morto.
Morte sem morrer de fato, pois não desalento à minha chama.
Guardo-me do ato final, que não produza a palidez, mas sei que é inevitável.
Ato de ir ou de ficar
Encontrar-te linda, beijar na tua boca e te chamar de amor
Este é o meu ato contínuo que persigo todas as manhas.

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